sexta-feira, 29 de março de 2013

Do teu corpo, a aurora nos meus olhos...

                                       (imagem por Margusta Loureiro)

Num olhar,
trespasso o teu corpo em silêncio...
Debaixo da pele palpita-te um desejo antigo,
nas línguas de um fogo (in) submerso,
ardor, ardente no acetinado da carne,
derramando nas noites a promessa.
das madrugadas onde o corpo arde.
No incêndio dos corpos,
abafa-se o bafo do vulcão,
com o sangue a explodir nas veias,
como um punhal de prazer,
a esquartejar os sentidos.

E, a tua alma habita-me,
sempre que a galope a aurora,
rasga a manhã, em busca da claridade,
transbordante em meus olhos....

©Margusta Loureiro

Um comentário:

  1. Repara como anulamos
    a distância das mãos,
    nos olhamos sem qualquer pudor,
    acendemos na pele a madrugada
    onde escorrem os versos,
    as caricias... o prazer!...

    Beijos,
    AL

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